Fotos Jocimar Farina via zerohora.com.br
É verdade, estamos todos muito tristes com o que está acontecendo na região serrana do Rio de Janeiro, algo em torno de 04 (quatro) centenas de vidas encerradas como consequência de um fenômeno metereológico e, como tal, previsível.
Aliás, as grandes catástrofes no Brasil advêm, em regra, de fatos previsíveis. Mas isto não é difícil de explicar, aliás, talvez o seja de entender, de aceitar; mas explicar, não. Pois no fundo todo mundo sabe por que acontecem.
Um parêntese, ainda esta semana, falando na Saúde em Rondônia, escrevi do estrago causado pelas armas dos “nossos” bandidos, que até bem pouco tempo eram os (ir)responsáveis pelo aquele setor por estas bandas. Armas como corrupção, incompetência, desrespeito pela vida das pessoas, ganância, politicagem, etc.. Estas armam atuam em toda parte e causam mortais prejuízos por todos os cantos de nosso país.
As mortes alarmadas nas manchetes midiáticas são resultados do uso das mesmas armas. Nas grandes cidades ou em lugares disputados como aquela região, ao longo dos anos, atuaram, de forma irresponsável, pseudos corretores, aliados a politiqueiros, que distribuíam/vendiam para os pobres o sonho da casa própria e para os ricos o luxo da casa na serra, em troca de votos e/ou lucro, sem importar-se com os riscos de promover construções em áreas impróprias.
A natureza é sábia, forrou as encostas com vegetação específica, estabeleceu todo um sistema natural e eficiente de drenagem, porém bandidos, com aquelas armas mortíferas, ignoraram isto, priorizaram “ganhar o seu”, financeira ou politicamente. Mas, como era de se esperar, volta e meia, a natureza cobra o preço.
O mais triste é que a fatura está sendo paga com vidas humanas, certamente aqueles que lucraram e elegeram-se às custas da irresponsabilidade, pra citar o mínimo, por ali não estavam na hora em que as vidas vieram morro a baixo.
É possível mudar este quadro? É lógico que é!
Porém, além de dinheiro, é preciso honestidade e coragem!
Temos tecnologia mais que suficiente pra avaliar as condições do solo e os efeitos das mudanças do clima. É preciso que se tomem atitudes concretas no sentido de remover as famílias das áreas de risco, presente e futuro, fazer as obras de contenção necessárias, administrar corretamente as barragens, etc..
É melhor perder alguns votos ou continuar permitindo a repetição deste trágico filme?
Nós sabemos qual é a única resposta aceitável, os bandidos sabem, os Políticos também, espero que a vida vença!
A prevenção é possível, é viável e bem mais barata que as permanentes reconstruções.
Que, já no próximo ano, tenhamos festas de fim e início de ano e não tragédias previsíveis e cruéis de janeiro.
Se a coragem e a honestidade subirem o morro, certamente, não mais teremos tantas vidas morro a baixo.
Vemos o mesmo filme trágico todo início de ano! Pessoas morrem e outras, nem bem esfriou, já estão vendendo ou reconstruindo na mesma área de risco. Cabe às autoridades trocarem essa fita, e a nós lutarmos pelo direito de segurança total!!!
ResponderExcluirSão três níveis da tragédia:
ResponderExcluir1. Destruição da natureza, que poucos dão como importante
2. Prevenção tecnológica das áreas de risco (fique claro que somos responsáveis pelas maiorias das áreas de risco)
3. Rápida recuperação dos locais afetados.
O Brasil e o mundo está aprendendo na marra, nas mortes, e na destruição (e enquanto não ocorrer com alguns, continuarão cegos), que essa forma de fazer política NÃO DÁ CERTO, acham frescura quando o IBAMA resiste em dar alguma licença ambiental, é bobagem ainda se importar com a natureza, tanto que o diretor do Ibama foi exonerado por causa da usina de Belo Monte, que querem construir de qualquer maneira, tendo um impacto enorme social e cultural, sendo que temos tantas alternativas de energia mais eficientes que a hidrelétrica, mas como sempre, só pensam no lado econômico.
Mas está ai o preço, vamos aí pagando de pouco em pouco a irresponsabilidade com o meio-ambiente, vamos continuar achando que esse papo ambiental não é político e é baboseira de ambientalistas chatos.
Mas ok, temos uma política fraca no quesito ambiental, o que fazer? A Marina Silva deu a proposta de criar uma guarda nacional para esses desastres ambientais, que seja preparada tecnologicamente para ajudar rapidamente. Acho que é uma boa a proposta, além disso, seria importante capacitar e equipar os orgãos já existentes e uma Defesa Civil MUITO mais dura.
Mas é isso aí, numa análise superficial da história, o ser humano tende a errar sempre as mesmas coisas repetidas vezes, estamos vivendo esse drama e muito tempo já.
Muito bem Devanil, o passo fundamental é a mudança de consciência, precisamos avançar e resolver.
ResponderExcluirAbraço!
Adorei o seu texto, quantos desastres sem soluçaõ.
ResponderExcluirIsso, Anderson!
ResponderExcluirÉ a natureza cobrando seu preço. Lutar contra ela, desafiá-la, desrespeitá-la é das maiores burrices que o ser humano comete. Antes, é preciso sermos seus aliados, usufruindo de sua riqueza infinita, admirando sua criação. É preciso recomeçar, voltando no tempo e tentando restaurar o que foi desfeito, sob pena de mais e mais sofrimento. Como diria Boris: "Isso é uma vergonha"!!! - Netto Costa -
São tragédias em cima de tragédias, é uma tristeza! Infelizmente é negligência de certos governantes ou responsáveis que autorizam projetos que nunca poderiam ser licenciados Essas pessoas não estão nem aí para o meio ambiente, muito menos valorizam a vida humana. Agem irresponsávelmente em prol do crescimento da cidade, não se importando com a área e os fatores de risco, É uma vergonha colocar pessoas incapacitadas a frente do poder... Mas como saber?
ResponderExcluirProblemas com morros, enxurradas, enchentes acontecem quase todos os anos, famílias inteiras desabrigadas, que perdem tudo, tanto material quanto sentimental e não se aprende nunca. Que Brasil é esse?
È um problema social grave.
Esse é o tipo de texto que deveríamos passar nas escolas para ensinar nossas crianças a importância da honestidade. Porém para mim, e friso que "minha opinião" esse texto é uma utopia, porque cada vez mais "os certos" estão diminuindo em nossa política.
ResponderExcluirA ordem agora é lucrar e lucrar, sem se importa com a natureza, com as pessoas, com a vida.
Honestidade e coragem são algo de que precisamos que queremos mais que poucos vêm em nossa política. Essa é minha opinião!