Seguidores

quarta-feira, 30 de março de 2011

Se me amas...


Imagem via Google/Imagens

Se me amas, (mesmo!), como eu a ti,
Vivamos, pois, o Amor verdadeiro:
Transformando sonhos em realidade,
Caminhando de mãos dadas pela cidade,
Gritando o Amor para o mundo inteiro!

Não quero mais saber de qualquer ilusão,
Agora, e pra sempre, só tenho um intento:
Entregar-me de corpo e alma à paixão,
Viver o amor, e por amor, cada momento.

Não me importo com luxo ou riqueza,
Quero apenas de ti absoluta sinceridade,
Vem comigo galgar a mais bela certeza,
Construir com Amor nossa Felicidade!

Anderson Machado

segunda-feira, 28 de março de 2011

Fux: Ficha Limpa; Consciência...


Na última semana uma decisão do Supremo Tribunal Federal, cujo voto decisivo foi do Ministro novato Luiz Fux, jogou um balde de água fria na esperança de melhoria da moralidade na política brasileira. Os efeitos daquela fatídica decisão foram os mais diversos, as reações também. Eu mesmo achei melhor dar um tempo pra digerir os fatos e até para entender se minha decepção era jurídica ou política. Acabei concluindo que é de ambas as ordens.
Juridicamente pode parecer audácia eu, mero jurista beradeiro, despido de qualquer excelência na interpretação da lei máxima de nosso país (mero docente especialista “latu sensu”), contestar uma decisão da corte máxima, composta por doutores e pós-doutores, operadores do direito em sua máxima definição. Porém, numa análise bastante simples, humilde e direta, não consigo compreender (acho que não estou no nível de conhecimento daqueles 06 ministros que limaram a aplicação da Lei da Ficha Limpa) onde teria havido modificação no “processo eleitoral” (art. 16, CF) capaz de obrigar a antecedência de um ano para eficácia da lei em questão. Afinal, a própria Constituição diz, expressamente, que Lei Complementar tratará de outros casos de inelegibilidade “a fim de proteger a probidade administrativa, a moralidade para o exercício do mandato, considerada a vida pregressa do candidato”. A Lei Complementar nº 135/2010, não alterou o processo eleitoral, apenas deu interpretação mais clara ao dispositivo já existente, não houve qualquer inovação, introdução ou exclusão de fase do processo eleitoral, todas as regras constantes da Lei nº 135/2010, são decorrentes da interpretação do texto constitucional e, portanto, em nada modificam o processo eleitoral. Não há atentado ao disposto no art. 16 da Constituição.
Todavia, outro atentado contra nossa lei máxima foi perpetrado pelo Min. Fux e seus cinco “cúmplices”. O princípio da soberania popular, previsto no parágrafo único do artigo 1º, da Constituição Federal, segundo o qual “Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição” foi completamente ignorado pelo excelentíssimo magistrado.
Há muito tempo não se via no Brasil tamanho clamor por uma lei, tão claro desejo popular pela aplicação imediata de uma regra jurídica, nem mesmo os diretamente atingidos pela norma tiveram coragem de, publicamente, opor-se a ela. Nem o Congresso Nacional, tão impregnado por todas aquelas mazelas combatidas pela LC n.º 135/2010, viu significativo número de componentes seus arvorarem-se como defensores da Ficha Suja. Parecia que, finalmente, a vontade popular tão clara e evidente impor-se-ia, fato que deveria ser regra ante ao estado democrático de direito instalado em nosso país. Mas não, o Ministro Fux e aqueles a quem ele seguiu o entendimento, preferiram recorrer à hermenêutica pífia, ignorando a soberana, legítima e constitucional vontade popular. Fizeram tábua rasa do principal fundamento do Estado brasileiro. E, nisto, de uma só tacada, ressuscitaram nomes como Barbalhos, Donadons, Roris, Camurças e tantos outros que, por vontade popular, haviam sido impedidos de permanecer na hipócrita impunidade reinante.
Dói ver a farra promovida por alguns dos beneficiados do golpe perpetrado contra a LC n.º 135/2010 já comemorando a “vitória” e afiando as garras para novamente lançá-las sobre o erário brasileiro. É triste ouvir coisas do tipo: - “Cada povo tem os representantes que merece, se foram eleitos, têm mais é que assumir mesmo.” Esquecem-se os desavisados que assim apregoam que os “Fichas Sujas” não representarão apenas aqueles que, pelos mais diversos motivos, cederam ao “canto da sereia” e neles votaram, é certo que uma vez eleitas e empossadas, estas pessoas passam a constituir-se em iminente perigo aos recursos a todos nós pertencentes.
Espero que o eloquente silêncio das principais forças sociais de nossa nação diante da atrocidade cometida contra nossa democracia, não anime aquela corte de leis, que não deve esquecer-se parte integrante e submetida à soberania popular, a cometer outros ataques capazes que sufocar o desejo de assepsia política plenamente expressado pelo povo brasileiro.

terça-feira, 22 de março de 2011

Fatiado

 

Fatiado

Meu coração foi fatiado,
recortado com rancor e ingratidão,
seus pedaços pelas ruas espalhados,
esmagados por quem passou na multidão.
Foi pisado e amassado,
se perdeu em solidão.
Hoje momento a momento,
o meu tolo coração,
tenta encontrar um sentimento,
talvez até outra paixão.
Porém teme. Treme. Hesita.
De terror palpita.
Faltam forças para arriscar;
novamente se lançar nas garras da emoção.
Está carente de carinho. Sozinho.
Está acorrentado. Amargurado.
Precisa urgente de um alguém,
prá lhe mostrar que muito além
da dor, da falsidade e do rancor,
pode sempre encontrar o Amor.



Anderson Machado

segunda-feira, 21 de março de 2011

“O que você tem a ver com a CORRUPÇÃO?”

Imagem via Google Images/dannybueno.blogspot.com


“You may say I'm a dreamer
But I'm not the only one
I hope some day
You'll join us
And the world will be as on” (John Lennon)


A sociedade está saturada de notícias de corrupção em todos os níveis de administração pública.
A democracia, na medida em que permite a ascensão do povo ao poder e a constante renovação dos dirigentes máximos de qualquer organização estatal, possibilita um contínuo debate a respeito do comportamento daqueles que exercem ou pretendem exercer a representatividade popular, bem como de todos os demais fatos de interesse coletivo.
Utilizando-me das palavras de Hannah Arendt, em nosso dia a dia, precisamos ter:
a) responsabilidade para com os próprios atos, ou responsabilidade individual; b) responsabilidade para com os atos de terceiros, ou responsabilidade social ou coletiva e;
c) responsabilidade para com as gerações futuras a partir de um agir consciente.
Dessa feita, o combate à corrupção não há de ser fruto de mera produção normativa, mas, sim, o resultado da aquisição de uma consciência democrática e de uma lenta e paulatina participação popular, o que permitirá a contínua fiscalização das instituições públicas, reduzirá a conivência e, pouco a pouco, depurará as ideias daqueles que pretendem ascender ao poder.
Vale ressaltar que as ações antieticas de determinado agente público, devem ser punidas pelo Poder Público, e repreendidas pela sociedade, a qual não deve aceitar que aquele que obtenha vantagens indevidas nao arque com as consequencias de seus atos.. se há morosidade no judiciário meus caros, mostrem ao agente público que vocês estão de olho, votem de forma consciente! O passo para construir um mundo melhor, começa nas urnas, quando vocês clicam em “confirma”.
E como alguem já falou: “ Um povo que preza a honestidade provavelmente terá governantes honestos. Um povo que, em seu cotidiano, tolera a desonestidade e, nao raras vezes, a enaltece, por certo terá governantes com pensamento similar”.
Não estou dizendo que o politico que comete um ilicito me representa, mas representa aquele cidadão, digo ELEITOR, que vende seu voto em busca de uma "vantagenzinha", aquele pensamento ele pode f#d$ com toda a coletividade, mas "eu estou me dando bem",  e nessa linha de raciocínio, acredito que é o comportamento egosístico, um dos males da corrupção.
Eu acredito na transformação, por meio da educação, de um mundo mais justo, e isso começa com nossas condutas no dia a dia, demonstrando a necessidade de aplicação de princípios éticos no codidiano. E para isso acontecer, temos que ser cidadãos, em toda sua plenitudade, lembrando que quem quer o bônus deve suportar o ônus de suas escolhas.

Suzane Lima
@suh_lima
Recomendo uma vistia ao Blog a Suzane http://limasuzane.blogspot.com/

quinta-feira, 17 de março de 2011

Pronto!


Decidi amar você
Decidi que é seu meu coração
Decidi tudo fazer
Não me importa se há razão

Escolhi viver a vida
Escolhi não mais temer
Escolhi ser a saída
Nunca mais te esquecer

Vou buscar felicidade
Me entregar de corpo inteiro
Sem ter medo de saudade
Do amor tido primeiro

Porque sei que é verdadeiro
A certeza em mim está
Este amor lindo e faceiro
Em nossa vida pulsará!

Anderson Machado

segunda-feira, 14 de março de 2011

Domingo 13 de março: A última carreata...

Fátima/Ely/Eduardo via Google/Imagens

Desde o final da tarde de sexta-feira, dias e noites confundiram-se. Primeiro o choque da notícia desmentida e confirmada tantas vezes, até que não havia mais dúvidas, partiram para o céu duas brilhantes estrelas, duas estrelas vermelhas: Eduardo Valverde e Ely Bezerra.
As horas que se seguiram, quase todas passadas na sede do Partido dos Trabalhadores em Porto Velho, foram preenchidas por um misto de incredulidade, consternação e solidariedade.
Sinceramente, naquela primeira madrugada, vendo tantas pessoas, tão diferentes e ao mesmo tempo tão parecidas nos sentimentos, pouco a pouco lotando aquele lugar, cheguei a alimentar brevemente a ilusão de que estávamos ali para mais um encontro partidário, que logo começariam as falas, a defesa de propostas e as contestações. Porém, nem na aquela plenária imaginária, nem em qualquer outra que aconteça de agora em diante, teremos a paciência, a eloquência, a inteligência espantosa do Eduardo nem a dinamismo, a sagacidade e o bom humor do “gatinho” Ely. E, mesmo no silêncio da dor, todos que por ali passaram, tinham a consciência de que, naquele momento, testemunhavam e sentiam uma grande perda, uma perda de todos e todas, porque, naquele 11 de março, naquela curva da BR 364, perderam amigos, parentes, companheiros de partido, mas também perdeu Porto Velho, Rondônia e o Brasil.
No sábado, em meio ao dia completo de homenagens, operava-se em diversos corações talvez a última ação partidária dos companheiros Eduardo e Ely. Não me refiro àquela missão em Costa Marques para a qual dirigiam-se quando a aquaplanagem os arremessou contra aquela carreta, mas sim a uma outra ação: ao perderem suas vidas em missão partidária, trabalhando pela organização do instrumento de luta político-eleitoral no qual tanto acreditaram, provocaram em corações e mentes daqueles que carregam no peito a estrela petista rondoniense uma reflexão, um alerta. Afinal um sonho que custou ao longo da história tantas vidas, inclusive, mais recentemente as vidas de Eduardo e Ely, não pode ser abandonado. Um sonho que vale vidas de homens e mulheres, e tenho certeza que Eduardo e Ely, de onde nos observam agora, continuam acreditando que vale, deve receber de todos algo mais, é hora de superar dificuldades, tristezas, decepções, frustrações, é hora de reunir Forças e, mais do que nunca, fortalecer a luta por um mundo melhor para todos e todas.
Foi com o espírito desta última lição recebida daqueles companheiros que, por volta das dez horas da manhã do dia 13 de março de 2011, partiu da sede do PT em Porto Velho a última e, sem dúvida, mais triste carreata do Partido dos Trabalhadores, capitaneada por Eduardo Valverde e Ely Bezerra. Esta carreata diferente que não tinha o objetivo de comemorar uma campanha eleitoral, e sim de celebrar a vida e homenagear a luta de dois guerreiros da luta dos trabalhadores e que, como tantas outras, demonstrou a força de um ideal, de um sonho e, mais que tudo, mostrou o respeito e o carinho, não só da estrela vermelha, mas de tantas outras cores e pensamentos, por dois guerreiros que perderam a vida em batalha, partiram fazendo o bom combate.
Obrigado Eduardo, valeu Ely, “gatinho”, a luta continua!

sexta-feira, 11 de março de 2011

Tolo Pierrot


Imagem via Google/Imagens

Quanta vida te doei ?!
Quanto amor te ofereci ?!
O meu ser te entreguei,
Por você quase morri !

Fui um tolo pierrot
Que de amor se embriagou,
Por paixão enlouqueceu
E tanto erros cometeu...

Hoje pago o desatino
Não sou mais aquele menino
Que de tanto amar
Quis o mundo te ofertar

Estou só à caminhar,
Mas não perdi a esperança
De voltar a ser criança
E outra vez me apaixonar.


Anderson Machado


quinta-feira, 10 de março de 2011

Asfaltão: A vitória é o povo feliz!

O Tigre é o símbolo do G.R.E.S. Asfaltão

Quando escrevi Folião, às vésperas do carnaval, não tinha idéia que o verso final expressaria com tanta exatidão o sentimento presente no peito agora, passada a folia.
Nunca escondi de ninguém o quanto amo o Carnaval, mais ainda escola de samba e, mais especificamente, a Asfaltão. E neste ano fiquei ainda mais orgulhoso da minha Escola, fiquei feliz porque mais uma vez vi que a Família Asfaltão faz Carnaval por amor, amor à cultura, a Porto Velho, às nossas crianças, aos brincantes e ao público. Nossa Escola fez um desfile muito lindo, alegorias, fantasias, desfile compacto, cantando o samba com muita alegria, embalada pela excelente bateria Pura Raça.
Aliás, a Pura Raça merece um prêmio especial, afinal, foi a única bateria que saiu do “feijão com arroz”, da mesmice, fez paradinhas, evolução e coreografias de verdade, além do já conhecido show de competência no samba. Só a Pura Raça trouxe crianças tocando pra avenida, isto porque a Asfaltão é Escola de Samba e faz carnaval pras presentes e futuras gerações.
Na segunda-feira, fui prestigiar os desfiles Rádio Farol, São João Batista e Os Diplomatas do Samba. No desfile desta última aconteceu um triste imprevisto que prejudicou seriamente toda a passagem da escola. Quando a terceira alegoria iniciou seu desfile, muitos imaginaram que havia algo errado, afinal, o gelo seco que saia do caro dava a impressão de incêndio e o estranho movimento da alegoria encobria quase completamente os destaques, mas tudo bem (podia ser “estilo”), até que o tal carro alegórico desviou repentinamente para a direita e simplesmente travou, bem na frente do recuo da bateria. Foi um corre-corre geral, as alas que estava à frente do carro seguiram desfile e as outras ficaram para trás. Resultado? Um enorme buraco na escola. Neste instante, viu-se a tristeza e até um certo desespero estampado na face de muitos brincantes e até dirigentes da escola, pois era impossível, pensava-se, que os jurados de quesitos como Evolução, Alegorias e Adereços e Enredo – pra citar só três – tivessem coragem de dar nota maior que 8,0 (oito) pra Diplomatas do Samba. O intervalo entre as alas foi tão grande que teve gente pensando que o desfile era em dois atos..(rsrs). A contagem do enredo foi atrapalhada pela mudança da ordem das alas e alegorias. Deu pane geral na escola e só dez minutos depois que o terceiro carro quebrou, diretores da escola (e de outras) mandaram as alas que vinham atrás ultrapassá-lo, mais dez minutos e a bateria fez o mesmo, depois de ser, literalmente, atropelada pela alegoria; e, passados mais uns cinco minutos, tendo conseguido se desengatar dos cabos elétricos em que se enrolou, seguiu, totalmente fora de lugar, a terceira alegoria. Tudo isto filmado e registrado pra posteridade...
Todos, menos os jurados e a direção da FESEC, saíram da avenida na segunda-feira apontando a vitória da Asfaltão como certa, por tudo que aconteceu nos dois dias de desfile.
Na terça-feira, mais uma vez fiquei orgulhoso. Com a abertura dos envelopes com as notas, ficou evidente que algo de muito misterioso ocorrera, mas a reação da família Asfaltão foi a mais digna. Enquanto a turma beneficiada pela safadeza de alguns jurados estava envergonhada e sequer conseguia cantar o próprio samba-enredo (será que conheciam a letra?), ritmistas, brincantes de diversas alas e diretores da Asfaltão cantavam com todas as forças o samba-enredo da verdadeira campeã.
Por falar em jurados, estou convencido, das duas uma: ou assistiram um desfile completamente diferente daquele assistido por todas as outras pessoas ou foram convencido$ que “vale a pena ser vilão”.
É certo que o resultado declarado na terça-feira não permanecerá incólume, pois existem muitas provas do direcionamento feito para beneficiar a escola declarada campeã, porém, mais importante que o título, que o campeonato, é fazer a reflexão correta. É preciso que os envolvidos nos vergonhosos fatos que culminaram com as delirantes notas dadas pelos jurados, totalmente contrárias ao que se viu na avenida, pensem no que é mais importante, lembrem-se que o Carnaval é maior que todas as agremiações, todas as diretorias, é maior que qualquer projeto político pessoal. É preciso lembrar que pouco ou nada adianta vencer uma disputa se isto significa ter que rasgar os princípios da ética e ignorar o respeito ao público, aos brincantes, aos artistas e à própria expressão cultural que é o carnaval.
Ou desta vez faz-se uma assepsia total na organização do carnaval, especialmente na FESEC, ou corremos o sério risco de ver condenada à morte dolorosa, a mais comunitária e socialmente mobilizadora face do carnaval.
O momento de salvar o carnaval é agora!

quarta-feira, 9 de março de 2011

Carnaval Beradeiro: Altos e baixos

Imagem via Google/Imagens

Lá se foi mais um carnaval, entre vivas dos que não o apreciam e lamento já saudoso de quem, como eu, vê na folia momesca muito mais virtudes que problemas, muito mais mobilização social, poesia e cultura popular que violência, barulho e transtornos.
Com presença de 34 blocos desfilando pelos mais diversos pontos da cidade, numa demonstração de democrática universalização da folia, este ano mais segura e menos violenta, Porto Velho, com seu carnaval beradeiro, vez uma bela festa, mais que isto, realizou uma folia em evolução. 
Ficou claro que ainda é necessário que haja uma maior sintonia entre os diversos agentes, públicos e privados, envolvidos no carnaval. Ouvi queixas do excesso de rigor do ministério público, beirando o boicote à livre manifestação cultural, bem como dos constantes atrasos da equipe da Eletrobrás, encarregada da suspensão dos cabos da rede elétrica para o desfile dos trios, mas tudo faz parte do processo. Os banheiros químicos foram muito bem vindos nos circuitos do carnaval, porém, restou evidenciado que precisam ter o número ampliado. Penso que este item pode ser equalizado com uma maior participação da uniblocos na montagem da estrutura dos circuitos, o poder público deve cumprir suas obrigações, mas os produtores culturais, que na imensa maioria dos casos obtém lucro satisfatório com a venda dos abadas, por exemplo, devem ser chamados a contribuir mais com a estrutura.
De qualquer forma, uma coisa é certa, Porto Velho demonstrou que seu carnaval de rua tem condições de ser um importante produto turístico, afinal avançamos em organização, segurança e qualidade musical. Tudo isto temperado pela alegria e respeito à diversidade que nos são peculiares.
Agora falando dos desfiles das escolas de samba da capital. De início, não poderia deixar de registrar a nossa grande deficiência: Falta um espaço adequado para que a face mais agregadora e comunitária da cultura carnavalesca apresente o resultado de muitos meses de trabalho árduo. A construção de um espaço multiuso que se preste, também, aos desfiles das escolas de samba é uma reivindicação tão antiga quanto justa. Não é possível que tanto o público quanto os brincantes tenham que continuar sendo submetidos à lama, chuva, falta de iluminação, sonorização deficiente, etc. Uma solução seria a construção de uma estrutura de arquibancadas cobertas e camarotes permanentes, sob essas estruturas, aproveitando o vão, necessariamente existente, podem ser construídas diversas salas, salões e auditórios para que, durante todo o ano, sejam ministradas aulas de música, artesanato, pintura, teatro e outras expressões artísticas e culturais. Este mesmo espaço, e seu entorno, poderiam ser utilizados em junho pra mostra de quadrilhas e bois bumbas, além de outras inúmeras manifestações da nossa cultura, perenemente. Fica registrada a idéia, a sugestão, o sonho!
Quanto às escolas. Bem, existem Escolas e escolas. Mas isto deixo pro julgamento de quem assistiu aos desfiles. O certo é que temos sim carnaval de boa qualidade em Porto Velho, também quanto às escolas de samba. Houve momentos de muito empolgação na avenida, bons sambas embalaram, em três escolas, belas alegorias e fantasias (algumas) de excelente qualidade.
Por isto, quem resistiu à falta de estrutura e, sob chuva, teimou em assistir aos desfiles, saiu de lá, como eu, desejoso de que, em breve, tenhamos em nossa capital um local que faça jus ao talento dos artistas e ao esforço das comunidades que fazem e apreciam o bom carnaval.
Mais tarde comento o resultado da apuração.
Por ora finalizo dizendo que nosso Carnaval Beradeiro é belo, é alegre e tem tudo pra ser cada vez melhor, graças à força da nossa gente.

sexta-feira, 4 de março de 2011

E o Galo cantou....



Imagem via Google/Imagens

Foi nas primeiras horas do dia de hoje, eu deveria dizer nas últimas do dia de ontem? Tanto faz! O que importa é que o Galo da Meia Noite cantou marchinha, axé, pagode, samba-enredo, e outras ritmos... e que esse canto foi o despertar do carnaval de rua, no que se refere ao grandes blocos, de Porto Velho. Gente, muita gente mesmo foi ver o Galo que, ao som da banda Carijó, percorreu as ruas do, agora alongado até a Joaquim Nabuco, “Circuito Caiari”.
O segundo maior Bloco de Porto Velho foi regado por muita alegria, energia e, ouso dizer, paz. Parece que um ou outro incidente foi registrado pela polícia militar, mas, palavra de quem percorreu o Bloco de ponta a ponta - do início ao fim do desfile, nada que fugisse à normalidade de uma festa popular com tamanha concentração de pessoas.
Dignas de elogiosas notas estavam a sonorização, de altíssima qualidade, e a distribuição de banheiros químicos ao longo do percurso. Tudo bem que alguns apressados, e mal-educados, ainda teimaram em transformar alguns muros e paredes em banheiro, mas, diga-se a verdade, para quem quis, havia sim boas condições de uso das cabines-banheiro.
Aliás, estes dois pontos destacados, somados à postura da Polícia Militar, presente em bom número e com atuação discreta e precisa, sinalizam uma evolução no nosso carnaval, devida, sem dúvida, à garra dos produtores culturais envolvidos, mas também, faça-se justiça, ao crescente apoio da Fundação Iaripuna (Município) e demais órgão públicos envolvidos.
Algumas coisas, sempre, podem ser melhoradas como, por exemplo, a retirada de todos os veículos estacionados no trajeto dos blocos, além de estarem em iminente risco de dano, ante o agito da multidão que passa, ainda causam transtornos estreitando o caminho da passagem dos foliões e, algumas vezes, dificultando sobremaneira a manobra dos trios elétricos.
Algo que se poderia pensar é no estabelecimento efetivo de um circuito de desfile, com a interdição, horas antes, do tráfego de veículos e, (porque não?), a construção de camarotes para quem prefere ver os blocos passarem.
Ainda tem muita folia pra acontecer, pra quem gosta como eu, os presságios são positivos, torçamos que todas as festas ocorram em paz e que, também, o desfile das escolas de samba seja um sucesso e que a justiça seja feita ao trabalho e esforço de tantos e tantas.
Que prossiga o reinado de Momo!

quarta-feira, 2 de março de 2011

Folião


Imagem via Google/Imagens



Já vesti minha fantasia,
Aprendi o samba enredo,
Peito cheio de alegria,
Pra avenida vou sem medo.

Pura Raça na bateria,
No cantar força e paixão,
Do cavaco a Harmonia,
Em todo passo Evolução!

As batidas do tamborim
Embalam a rainha e o passista,
O canto e o encanto em fim
Nesta noite não há quem resista.

Minha gente canta e diz
O coração satisfeito dispara
A cultura popular, Jóia rara,
A Vitória é o povo feliz!

Anderson Machado

terça-feira, 1 de março de 2011

O General da BANDA


Foto via google/imagens

“Vou iniciar meu carnaval no sábado, na Banda do Vai Quem Quer”!
Mas será uma folia diferente, uma festa sem gerente, aliás, sem General...
Manelão é uma daquelas personagens tão brasileiras que, se morasse no Rio de Janeiro ou São Paulo, hoje já teria sido decretado feriado nacional.
Quis o destino presentear Rondônia, especialmente Porto Velho, e assim ganhamos Manelão, um chaveiro que nos ensinou como se abre um carnaval de verdade. Pouco importa que hoje tenhamos blocos saindo mais de uma semana antes, por esta terras, carnaval que é carnaval só começa com a Banda do General Manelão.
O jeito nosso de fazer Carnaval, misturado, sem barreiras ou restrições musicais, apreciador das marchinhas e de bons sambas de enredo, mas que não deixa de ferver ao som do Axé, tem um “culpado”: Manoel Mendonça, o Manelão. Um folião brasileiro que por seu amor ao carnaval, à cultura e à alegria fez nascer, crescer e tornar-se a maior expressão carnavalesca da região norte, aquela Banda que pra ir, basta querer... e nos últimos 31 anos cada vez mais gente quer.
Os mais de 100.000 (cem mil) foliões da Banda, este ano, não terão à frente o General, mas, com certeza, no outro plano, agora também é carnaval e, de lá, Manelão mandará toda sua vibração e a Banda não vai parar.
Até um dia General, siga ao som das marchinhas, do samba e da folia!
Porto Velho agradece e em retribuição, como “já é tradição”, “vou brincar descontraído, eu vou, de metralha ou de mulher”!
Até sábado na BANDA DO VAI QUEM QUER!!