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terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Quero!


Foto via Google Imagens/imotion.com.br

Quero!

Quero sonhar acordado
Viver os sonhos que sempre quis
Cantar, dançar, Amar e ser amado

Quero amor verdadeiro
Fincar minha raiz
Me entregar de corpo inteiro

Quero da vida a alegria
Da razão certa medida
Da paixão toda magia
Do amor toda a vida

Quero viver cada momento
Do jeito que meu coração me diz
Sem medo de sofrimento
Fazer e ser feliz!

Anderson Machado                 

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Salário - por @suh_Lima

Foto via Google Imagens



Tanto a Constituição Federal quanto a Consolidação das Leis do Trabalho – CLT asseguram ao trabalhador brasileiro o direito ao salário mínimo, capaz de lhe garantir uma vida digna. A respeito, vejamos:

“Art. 76 - Salário mínimo é a contraprestação mínima devida e paga diretamente pelo empregador a todo trabalhador, inclusive ao trabalhador rural, sem distinção de sexo, por dia normal de serviço, e capaz de satisfazer, em determinada época e região do País, as suas necessidades normais de alimentação, habitação, vestuário, higiene e transporte.” (CLT)

“Art 157 - A legislação do trabalho e a da previdência social obedecerão os seguintes preceitos, além de outros que visem a melhoria da condição dos trabalhadores:

I - salário mínimo capaz de satisfazer, conforme as condições de cada região,as necessidades normais do trabalhador e de sua família;” (CF, 1946)

“Art. 7º - São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social:

IV - salário mínimo, fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender a suas necessidades vitais básicas e às de sua família com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social, com reajustes periódicos que lhe preservem o poder aquisitivo, sendo vedada sua vinculação para qualquer fim; (...)” (CF,1988)

O Brasil, ao adotar o modelo de constituição social, visou formar uma sociedade justa, livre e solidária.

Pois Bem.

Como se falar em “capaz de atender a suas necessidades vitais básicas” com o atual valor do salário mínimo?

Sem entrar no mérito das conseqüências econômicas do aumento salarial, o trabalhador brasileiro vive em um eterno conflito: trabalha mais (de forma formal ou informal),contudo em compensação tem mais dificuldade de promover uma melhor qualidade de vida para si e para sua família.

O brasileiro não ganha bem, falta-lhe oportunidade de capacitação, seja na forma de incentivo, seja na ausência de tempo para buscá-la e infelizmente com a mentalidade de um país subdesenvolvido, temos a mão de obra barata que é um incentivo às empresas estrangeiras que vêem em países como o nosso, países em desenvolvimento - para usar de expressões politicamente corretas - uma forma de obter grandes lucros, com poucas despesas.

Vivemos em uma sociedade que não basta estudar para ter um bom salário, vemos professores, arquitetos, economistas, ganhando salários para subsistirem.

O que precisamos é ter consciência que a capacitação e estudo são a única forma de quebrar esse circulo vicioso, e o voto, sempre será a forma eficaz de efetivar uma verdadeira revolução: a aplicação efetiva das normas constitucionais.

Suzane Lima





Gostou do texto? Conheça o Blog da autora: http://limasuzane.blogspot.com/

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Caminhos da Vida




Caminhar pela vida
Sonhar nas madrugadas
Por ruas e calçadas
Buscar uma razão pra esta lida.

Vida intensa, atribulada,
Dias de chuva e de sol,
Noites de frio sem lençol
Momentos duros da caminhada.

Porque? Pra quê?
Há na luta sentido?
E pro tempo perdido?
Existe razão de ser?

Quem na vida encontra o Amor
A si próprio também descobre
É do coração o sentido nobre
Que à vida dá real valor

Outrora caminhante sem destino,
Em você minha vida descobri,
Tesouro precioso, minh’alma, colibri.
Com você, o amor deste menino
À vida, definitivamente, disse sim!

                                   Anderson Machado

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Máscaras: Arte, Poder, Paixão e Fantasia.




Esta semana completa 40 anos a minha escola de samba do coração, Grêmio Recreativo Escola de Samba Asfaltão, tenho muitíssimo orgulho de fazer parte desta família, formada por pessoas que vêem o carnaval como um momento de congraçamento da comunidade. O desfile é sempre resultado da paixão e do esforço de dezenas (às vezes centenas) de pessoas, o carnaval no Asfaltão, mais que uma festa maravilhosa, é a celebração da amizade e do amor à cultura, ao modo portovelhense de fazer carnaval.

Em homenagem à minha querida família Asfaltão, publico hoje a letra do samba enredo 2011.

Aprendam e compareçam na festa da escola no dia 18 de Fevereiro/2011, Tenda do Tigre, às 20:00h.

Compositores: Bainha, Oscar, Tobá e Zé Baixinho

Rompendo as fronteiras da imaginação
Minha Escola veste sua fantasia
Pra revelar segredos, mistérios e encantos
Das máscaras de todos nós nesta folia
Lá na Antiga Grécia e no Egito
Nas festas sagradas e profanas
Era comum o costume de se mascarar
“Comédias” e “Tragédias” no ato de representar
Amor me diz como resolver
O quebra cabeças que está dentro de você

Eu vou, eu vou, me embriagar de paixão
Deixa a alegria lhe contagiar
Um gole de vinho “Deus Baco” mandou beber e vadiar
Meu porre não tem hora pra acabar

A arte popular evoluiu, conquistou a realeza
Chegou aos suntuosos salões pro mundo ver
Nos “Bailes de Veneza” e “Bal Masqué”
Foi assim numa linda história de amor
Que Romeu enlouquecido por Julieta se apaixonou
Não deixa o medo te dominar, cuidado com o “Halloween”
Tem fetiche na dança, as faces fingidas
Qual é atua não disfarça diz pra mim

Eu sou o “Zé Pereira”, super herói do Carnaval
Saio da tela do cinema, pra defender o folião
Será que vale a pena ser vilão?

É festa na corte, qual fantasia combina?
“Carmem Miranda”, “Palhaço”, “Pierrot, Arlequim ou Colombina?”
Neste universo de hipocrisia, preciso saber a verdade
Sua máscara cai quarta-feira, ao raiar da liberdade

Mas quem sou eu? Ninguém saberá
Quem é que vai me desvendar?
Meu “Tigre” vem pra te desafiar
Deixa o som da “Pura Raça” te levar

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Onde a corda arrebenta?



Foto via Google Imagens/pelajanelademinhaalma.blogspot.com

Onde a corda arrebenta?
Esta resposta é fácil pra quem conhece o ditado. Porém mais que um mero ditado popular, estamos diante de uma grande verdade, de uma realidade que pode e, muitas vezes, é cruel. Você leitor deve estar se perguntando porque este escrevente, depois de quase uma semana sumido deste espaço, retorna justamente falando de algo que é tão sabido.
E minha resposta vem com uma dose de tristeza, não pelo ditado em si, mas por uma infeliz constatação dele vivida esta semana. Infelizmente, não me refiro a qualquer experiência particular, pessoal, ou um pequeno percalço individual; refiro-me a uma infelicidade coletiva, embora, provavelmente, pouco ou nada percebida pela maioria de nosso povo.
Não é novidade pra ninguém que fui eleitor entusiasta da presidente Dilma e hoje sou um grande otimista em relação ao seu ainda iniciante governo. Porém, ontem, uma notícia alardeada e, inclusive, comemorada por grande parte dos veículos de comunicação do país, lembrou-me, mais uma vez, o quanto é importante, independentemente de quem esteja no governo, que a sociedade, as categorias de trabalhadores, estejam organizadas e disposta a lutar.
Digo isto porque o tal corte de 50 bilhões de reais no orçamento da União, realizado como medida de prevenção macro econômica para, tentar, conter os riscos da famigerada inflação, ainda que possível e amplamente justificável, fez-me perceber que, neste país especialmente, falar em economia de gastos públicos significa atacar com veemência o serviço público, mais especificamente seus servidores.
É uma pena que os economistas de plantão, a qualquer época, não consigam enxergar caminho possível para conter o gasto público que não passe, necessariamente por um ataque aos servidores. Às vezes tenho a impressão que, de tais especialistas, nenhum é servidor público ou mesmo necessita ter acesso aos serviços públicos. Vive num limbo!
Alguém certa vez me disse que deve ser inveja: já que não são servidores, “paulada nos infelizes que se dão ao trabalho de passar em concurso público!”.
Porém, seja qual for a origem desse inegável sentimento contra aqueles que mantêm, verdadeira e continuamente, a máquina estatal em funcionamento, é algo desprovido de inteligência, digo mais, não leva em conta o interesse maior do país, das pessoas que mais necessitam. Afinal, quem é que precisa do serviço público? A quem interessa que os servidores tenham condições dignas de trabalho e remuneração justa? É o “especialista” endinheirado ou a dona Maria que precisa se consultar no posto de saúde e o José que só pode mandar os filhos pra escola se ela for pública?
Quem tem interesse que o Ministério Público, a polícia e o Judiciário atuem bem? O sabichão que tem um monte de processos e está metido em vários “negócios” aos quais o funcionamento desses órgãos pode atrapalhar ou a população mais pobre que tem, por exemplo, muitas vezes, como único defensor de sua cidadania o Ministério Público?
Deixar de zelar pela excelência na prestação do serviço público, proibindo recomposição de salários defasados e contratação (por concurso público) de mais servidores para atender a sempre crescente demanda, nunca foi e nunca será a maneira correta de estabilizar as contas públicas, pois, em nome de uma falsa economia, o Estado deixa de cumprir com seu dever de eficiência na prestação de serviços. Porque em vez de medidas simplórias e ineficientes como estas não se combate a imensa leva de paraquedistas (não concursados) que invadem o serviço público? Porque não se revê a política cega de pagamento de juros de uma suposta e interminável dívida pública?
Eu respondo com grande tristeza: Porque infelizmente, neste país, a corda continua arrebentando do lado mais fraco, (ou que comporta-se como mais fraco): o povo!
Até quando?

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Desejo Aventureiro



Foto via Gooogle Imagens/glimboo.com

Desejo Aventureiro

Quero viajar
na doçura de teu beijo,
Nos perigos do teu corpo
encontrar todo desejo.

Quero ser o viajante
A desbravar todo teu ser
No calor do meu abraço
Te fazer enlouquecer

Com a barca do prazer
Cruzarei todo teu mar
Te amando hei de vencer
Pra no teu porto ancorar

Da tua beleza tão pura
Eu serei descobridor
Tua fortaleza segura
Tomarei com meu amor.

                         Anderson Machado

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Corrupção: Os cargos e o boné alheio

Foto via Google Imagens/tonnynascimento.blogspot.com

Corrupção: Os cargos e o boné alheio
por Anderson Cláudio de Melo Machado

O jogo político tem muitas facetas, a articulação, negociação, construção de acordos. Em princípio nada contra, afinal, na vida em sociedade sempre é preciso buscar entendimentos, parcerias, trabalho conjunto, no mais das vezes, inclusive, a custo de concessões mútuas. Perfeito!
No universo político-eleitoral, a justificativa para os apoios, acordos e parcerias é, invariavelmente, a tal governabilidade, a qual se mostra como requisito indispensável à realização do bem comum. Em nome da futura governabilidade e da, nem sempre real, unidade programática, partidos, grupos políticos, empresariais, outros setores da sociedade unem-se em torno de uma candidatura e, com a vitória, buscam espaço para contribuir na administração, por exemplo. Afinal, a vitória foi obtida em conjunto, a administração deve ser realizada da mesma forma. Se os objetivos são republicanos, ou seja, a utilização/administração dos bens, recursos e serviços públicos em benefício da coletividade, isto faz parte do jogo democrático. As decisões administrativas devem refletir o programa conjunto apresentado ao eleitor, afinal foi nessa aliança que o povo depositou seu voto, foi a ela que confiou o exercício da administração.
Porém, infelizmente, quando todo esse espírito público é traduzido em ações, não esporadicamente perde-se, desvirtua-se completamente, transforma-se numa sangria do erário em busca de recompensas, contrapartidas e agrados pessoais. A disputa por “espaço”, por “portarias”, desce a níveis inimagináveis. As faturas das campanhas são apresentadas, entre outros malfeitos, em forma de indicações pra todo tipo de cargo, desde ministro, presidente ou diretor de autarquia, secretários estaduais e municipais, diretores de escolas, coordenadores, chefes da todo tipo e tudo quanto é coisas, até assessores “especiais” de coisa nenhuma, com salários que vão dos mais “apetitosos” até simples salário-mínimo. Criam-se cargos e mais cargos a fim de se abrigar mais e mais indicados. O fator técnico é total e completamente irrelevado, não passa de engodo na imensa maioria das vezes, o que importa pra ocupar esse ou aquele cargo em comissão é o QI (popularmente conhecido como Quem Indica).
Essa circunstância favorece e até estimula a corrupção, a utilização em benefício pessoal. Os milhares de servidores indicados, salvo honradíssimas exceções, sentem-se vinculados a quem os indicou e não ao serviço público. A gratidão, no mínimo, é expressa pela fidelidade eleitoral, ou seja, quem indica garante o voto, isto pra não falar quando os “favores” são bem maiores.
Além da suposta fidelidade pessoal, esta prática é um desrespeito aos servidores de carreira, concursados, efetivos, aqueles que independentemente de qual seja o governante, tem o dever, em regra cumprido com afinco, de garantir o serviço público.
A forma mais correta de se evitar a esse desvio de finalidade no serviço público, não chega a ser uma novidade, aliás, está previsto na própria Constituição, o preenchimento dos cargos públicos deve ser feito por concurso!
Se os governantes, em todos os níveis, obedecessem a Constituição, especialmente o princípio da eficiência e impessoalidade, reservando a livre nomeação e exoneração, exclusivamente, aos cargos políticos como Ministros e Secretários, presidentes de autarquias e outros pouquíssimos, cuja importância política e estratégica seja notoriamente reconhecida, os recursos economizados poderiam ser utilizados na contratação de mais servidores efetivos e na formação técnica de todos, tudo isto em homenagem à eficiência.
Infelizmente, tal consciência anda longe de nossos administradores públicos, aliás, o tal do QI, tem aumentado sua influência em outros órgãos que, em tese, deveriam ser imunes à influência eleitoral e/ou pessoal, tais como Ministério Público, Judiciário, Tribunais de Contas e tantos outros. Para o pesar de nossa sociedade a impessoalidade é, cada vez mais, exceção e as preferências egoísticas e particulares, regra.
Nesta situação, não basta mudarem as pessoas é preciso mudar o sistema, é preciso fechar as torneiras da corrupção. É fundamental tornar o Poder realmente popular e impedir que o Público, o coletivo sirvam, tão descaradamente, ao interesse particular.
Que ninguém mais possa fazer “bondade” com o boné alheio - do povo!