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segunda-feira, 16 de abril de 2012

Sobre o Amor... e o desamor

Imagem via Google/Imagens

Sobre o Amor... e o desamor

Há momentos em que gostaria que o mundo pudesse ouvir o coração.
No fundo penso que assim ele seria melhor compreendido, afinal, não é possível que a linguagem mais pura, mais autêntica, mais verdadeira, possa não se fazer facilmente entender.
Essa voz rouca que está presa no preito e que ensurdece os ouvidos, confundindo os pensamentos e travando tantos movimentos, é algo que surge sem explicação, que não encontra expressão suficiente.
Não existem palavras pra descrever o que se sente. Pior que isto, não há jeito de demonstrar a plenitude, extravasar esse turbilhão de emoções. Tentar fazê-lo é arriscar-se ao ridículo, pôr-se, aos olhos dos demais, como bobo, ingênuo, infantil...
Num mundo onde as pessoas, da boca pra fora, queixam-se da falta de amor, não existe disposição pra amar. As pessoas não desejam entregar-se, preferem a superficialidade, o real amor assusta. Talvez porque idealizado demais, ou mesmo porque seja “antigo”, ou porque supostamente oponha-se à idéia de uma pseudo “liberdade absoluta” - desejo cultivado como o da “moda”. O amor é “brega”.
Chique é o desamor, o desapego. Moderno é “ficar”, não ter compromisso, “deixar rolar”. O desamor é frio, cortante, facilmente explicável. O não sentir é auto-explicativo, simplesmente não se quer, basta dizer que acabou, que se um dia se quis, agora não se quer mais, ou até dizer para si mesmo que nunca se quis de verdade...
É muito mais fácil negar o que não se consegue explicar, é muito mais cômodo repelir o que não se compreende. É muito mais seguro manter longe o amor, afinal, quem sabe se é este sentimento mesmo que bate à nossa porta? Quem garante que é dele a voz que vem do coração? Melhor negar, fugir, ser “livre”... mesmo arriscando jamais saber se era ou não...
Melhor ser chique então...
Só há um detalhe: o que fazer com a lua, a brisa, o calor, as emoções, as surpresas, o carinho, as alegrias..., aquelas músicas..., a saudade...?
Ah tudo isto passa, é bobagem, vai continuar lá e outro “momento” vai chegar... será?


Anderson Machado

6 comentários:

  1. Caraca, Anderson, muito bom o texto! Excelente, eu diria! Hoje é isso mesmo, tudo muito superficial. Como se diz: "Eu te amo virou bom dia!" Se ama agora, amanhã não mais! As pessoas vão ficando frias para se proteger de sei lá! E se protegendo vão deixando de amar e o amor fica sempre pra depois!

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  2. ...não vão saber, pessoas não se incomodam em serem sinceras porque temem rejeição, não há elogio, porque temem o resultado...
    não assumem que amam, pelo temor da decepção e muitos nunca reconhecem seus erros, porque temem demostrar fraqueza.
    Esta dança sólida e solitária vive nas noites frias e um vou indo, vou indo. Eu aina gosto de estar fora do compasso, longe do meu expediente e com dificuldades para dormir por causa das horas vagas, as horas vagas da cobiça mas quem já conseguiu entender o amor? Eles, os que se negam, nunca vão saber ou talvez (como diz Anitelle)até a sorte virá num realejo trazendo o pão da manhã ou talvez um beijo...que lhes emprestem alegria...que os façam juntar, todo resto do dia...meu café, meu jantar
    Meu mundo inteiro...
    que é tão fácil de enxergar... E chegar
    E é tão bom acreditar, não se negar as emoções, as surpresas, o carinho, as alegrias e a saudade do estar e chegar.

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  3. Existe uma frase que diz assim: A Felicidade é a soma das pequenas felicidades, eu mesmo nem sei onde li mas que cai no contexto sobre o amor. Eu tento viver cada segundo das coisas boas que a vida me oferece e sabe, uma das coisas que aprendi na vida é que satisfação pessoal é uma competência, é um retorno, adoro amar de verdade até que chegue o fim ou não e é uma competência interna que precisamos desenvolver. Quem precisa o tempo inteiro, nunca estará satisfeito e satisfação é um outro conceito. Tem a ver com sentir gratidão, equilíbrio, humildade e ponderação. Podemos viver momentos ótimos mesmo não estando acompanhados mas bom é amar, ruim é amar... Bom mesmo é encarar a vida com fantasia.

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  4. Há quem pense que o mundo não houve o coração. Mas, engana-se o mundo ouve... A cada sorriso repleto de ternura e esperança, a cada pensamento de amor, a cada alvorecer anunciando o mais belo nascer do sol... As coisas apreciadas sob um novo prisma... De repente tudo muda, é o brio do amor!
    A linguagem do amor é de fácil entendimento, pois os sinais são evidentes até para os mais descrentes. O mais difícil é se entregar aos sentimentos.
    Um dia ouvi a seguinte frase: O amor é igual aos fantasmas ninguém os ver, mas são poucos que o sentem... O amor você não escolhe acontece, não é eterno, mas eterniza e enaltece o sentimento...
    O desamor é a falta de comunicação existente, uma trilha de decepções, a fuga, a solidão, o medo... A diversão como resposta, sem apego, ferindo e vivendo e acima de tudo encarando o vazio. Mas, isso não é liberdade e sim negar-se a felicidade.
    O amor é jornada, é coragem, é sintonia da mais bela sinfonia...
    É o som doce, suave e acelerado do coração...
    Um arco-íris de emoções numa agridoce fragância do amor...
    É a textura mágica do toque, sentimento único, sentindo-se único...
    É intensidade, profundidade, liberdade... É a mais bela das artes.
    Solar

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  5. Entre o amor e o desamor existe uma enorme distância. E mesmo que alguns achem o amor piegas, eu ainda acredito no amor.
    O amor é um sentimento que nasce do nada, do silêncio... Às vezes sem alimentar-se de nenhuma esperança e floresce imenso, profundo, sincero e inalterável. O amor tem um olhar delicado, uma esperança e uma alegria renovada de pura felicidade quando correspondido, e além de tudo uma perfeita verdade de almas que se ligam, na revelação inesperada!
    Palavras impregnadas de sentimentos, sensações, emoções, inspirações que só o amor produz. O amor é ingênuo, certo, consciente da sua força... Enquanto o desamor permanece em sua eterna falsa segurança, e sobrevive fechado no seu mundo, criando muros para se proteger da dor, do sofrimento, do medo... Mas, esse é um lugar escuro, sombrio, e existe aí a ilusão de liberdade, tentando se justificar do que das incertezas?
    O amor implica jornada, trilhas desconhecidas, emoções... Vida!
    Sentir é superar todas as incertezas...
    Roseane Celestino

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  6. Nesse caso prefiro ser demodê a me entregar a modernidade. Amor é quando a gente sonha acordado e só sabe que é verdade porque tem alguém ao lado sonhando o mesmo sonho que você. Apesar das desilusões pela qual já passei não deixo de acreditar no amor. A vida é correr riscos... não podemos nos entregar ao medo, pois se for assim nem de casa sairíamos mais. Quem não arrisca não ama, não vive... e o pior fica se lamentando pelo que deixou de viver.
    Ana Claudia

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