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terça-feira, 5 de julho de 2011

Servidores do MPU: Notícias do Fronte!


Imagem via Google/Imagens

Hoje volto a escrever, especialmente, para os dois ou três colegas do MPU que honram este escriba com assídua leitura deste Blog. Faço isto por que é os desafios postos aos servidores deste órgão que é o “Defensor da Sociedade e da Cidadania” que tem pulsado em minhas veias nos últimos tempos, tanto mais pela missão que me foi confiada pelos colegas de todo o país.
A conjuntura atual, os pré-conceitos e a nossa própria cultura pós-ditadura fazem da luta pela valorização das carreiras do serviço público uma missão árdua, complexa e que, se não for feita com inteligência, ingrata. Afinal, o primeiro desafio é fazer com que os colegas, principais vítimas de eventual insucesso, perceberem a importância de unir forças, aplicar energias e manter a determinação durante toda a batalha.
Faz oito dias que aceitamos o desafio da Administração, provavelmente surpreendendo-a. Em recuo estratégico suspendemos a greve por tempo indeterminado e nos recolocamos em estado de greve. Moveu-se a Administração no sentido de jogar sobre nós a responsabilidade do avanço ou não das negociações para valorização da categoria, ao questionar nossos representantes acerca do modelo remuneratório pretendido. Em um movimento rápido e preciso, devolvemos a responsabilidade a quem tem a caneta, não sem antes ratificar que a categoria sabe sim o que quer, ou seja, que exige ser, logo, remunerada de forma justa e transparente. Indicamos o caminho que vislumbramos mais célere e adequado, o subsídio, isto sem passar cheque em branco à Administração ou ao Governo, deixamos bem claro que não abriremos mão de discutir mais que “tabelas”, queremos justiça e valorização imediata.
A Administração moveu-se, não por bondade ou qualquer outra razão voluntária, o movimento foi impulsionado pela percepção de que os servidores decidiram tomar as rédeas de seus destinos e saíram da passividade tão estimulada pela própria Administração. O desejo dos servidores encontrou eco em sua representação sindical própria (SINASEMPU) que, ouvindo a voz da categoria, pôs-se em marcha, erguendo de forma democrática a bandeira da imensa maioria da categoria. Foi por tudo isto que a Administração passou a tratar com mais respeito a luta dos servidores.
Chama atenção a preocupação da Administração em publicizar seus passos como as reuniões no Legislativo e junto ao Governo, além da criação do Grupo de Trabalho que visa a elaboração dos fundamentos técnicos da proposta a ser apresentada e a garantia dos recursos necessários para o orçamento de 2012.
Observamos que avanços têm sido obtidos, a articulação da Administração com o Congresso, especialmente com o Relator do PL 6.6697/2009, Dep. Aelton Freitas (PT-MG) e o autor da emenda do subsídio, Dep. Reginaldo Lopes (PT-MG), além é claro da iminente reunião com a Ministra do Planejamento, Míriam Belchior, são fatos concretos que demonstram que a pressão exercida pela categoria tem dado resultado.
De tudo isto, acredito que o mais relevante avanço tem se dado com o posicionamento assumido (finalmente!) pela Administração (PGR e SG) assumindo o compromisso de que a valorização dos servidores do MPU não mais está condicionada ao destino das negociações do Poder Judiciário. Estamos fazendo história!
As notícias do fronte são favoráveis, mas a luta está longe do fim. Não é hora de arrefecer os ânimos, não é momento de entregar as armas, porém é fundamental que cada passo seja estudado e que os servidores do MPU estejam unidíssimos na defesa de nossa categoria e não se deixem usar por outros interesses que não a nossa imediata valorização.
Estamos firmes na luta e, juntos, alcançaremos a Vitória!

7 comentários:

  1. Perfeito o resumo da luta até aqui Anderson, facilita pros preguiçosos que não acompanham com frequência o site do Sindicato rsrsrs...

    Abraço!

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  2. Colega ANDERSON, devemos sim, lutar pela valorização da nossa carreira, não apenas o salário nos mantém no MPU, trabalhamos onde gostamos e a correspondente valorização de nosso esforço será recompensada.
    abrs

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  3. Pois é Anderson, se queremos acertar de vez o alvo..., bom que possamos conhecer bem a distância, mas para tanto, se recuarmos um pouco, teremos melhor o ataque com precisão!!!
    Parabéns!!

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  4. Compensar dias de greve não é vitória. Serão momentos de ócio dentro das unidades. Sequer, portanto, há interesse público nisso. Greve é greve, não há que se descontar. Se há compensação, há desconto. Não fosse o ranço ainda existente de servidores velhacos acostumados (mal) a assinar ponto e voar, hoje não haveria necessidade de controle. Mas nossos antecessores fizeram a fama, nós deitamos na cama.

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  5. Conforme consta do saite, "O SINASEMPU entregou ainda sugestão da Diretoria [do MPU] de sobreposição de tabelas dos cinco últimos níveis
    dos técnicos sobre os cinco primeiros níveis de analista".
    HÁ DELIBERAÇÃO DA CATEGORIA? OU É SÓ UMA PROVOCAÇÃO AO SINAJUS?

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  6. Alguma informação do GT do MPU?

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  7. Trabalhadores do MPU, podemos discutir isso:

    Aumento salarial ou reposição da inflação, ou nada?

    Quando vamos ao supermercado e o preço da carne subiu, o que fazemos?

    Compramos menos, fazemos isso com a carne, com as roupas, com os automóveis, enfim, com tudo o que compramos.

    Entretanto o governo quer a mesma mão-de-obra, pagando menos, pois o salário real já está corroído pela inflação, e ficará ainda mais corroído .

    Privar os servidores de reposição inflacionária é privar as pessoas de manterem o seu padrão de consumo.

    Faz mais de 2 anos que não recebemos um único centavo de reposição inflacionária.

    Por outro lado, foi demonstrado que, se a administração quiser, SIM é possível reduzir a jornada de trabalho E com isso aumentar o valor da hora trabalhada.

    SIM, existem (02) DUAS maneiras de aumentar o salário:
    - uma é aumentando o contracheques, hipótese ainda infelizmente infrutífera a mais de 2 anos...
    - a outra é reduzindo a carga horária, para quem ainda não entendeu, explico - congela o salário, mas trabalhamos menos horas.

    Como exemplo, vou tomar o meu caso que é similar a quase 2000 servidores do MPU( fora as gratificações, que não fazem parte do salário consolidado - aquele que ninguém te tira ao bel prazer):

    um Técnico Administrativo C15, por dia trabalhado, recebe líquido perto de R$ 210,00 / dia útil.

    Bom, se trabalhar 7 horas então a hora trabalhada que é paga, vale R$ 30,00.

    Se a carga horária for reduzida para 4 horas diarias ( sem redução salarial) a hora trabalhada subiria para R$ 52,50, ou seja, terá aumento real de 66,67% .

    Enquanto não for aprovado um aumento salarial efetivo, por restrições orçamentárias, crise internacional, crise de valores, suposto efeito cascata, discordância legislativa se merecemos ou não o aumento, entre outros, lanço a alternativa:

    1 - Que a jornada de trabalho seja reduzida de 7 para 4 horas, com 4 horas de sobreaviso - até que seja aprovada a nossa tão sonhada reposição inflacionária;
    2 - Que seja encaminhado um projeto SEM impacto orçamentário que altera somente o dispositivo que proibe os servidores do MPU de exercerem a advocacia.

    A administração pode se furtar de dar aumento por um tempo indeterminado, mas, acredito, não pode nos privar de querer manter o mesmo padrão de consumo. Não é razoável que sejamos rebaixados de classe social só porque o governo entende que isso é razoável porque somos a minoria da população.

    As propostas acima , são de execução imediata, basta vontade e reivindicação (Sindical), e poderiam vigorar até que fosse feita a reposição inflacionária, já que ao que tudo indica é pouco tempo, então não teria motivo para a administração se preocupar em nos conceder tal benefício compensatório...

    É uma maneira de liberarmos tempo para, legalmente, fazer o que a administração não está conseguindo fazer: repor o padrão de consumo, complementando o salário com outras atividades.

    Quem não quiser, pode aproveitar o acréscimo de tempo livre para estudar mais para passar em outro concurso, ou ainda curtir uma boa caipira praia...

    Não teríamos nada a perder, e isso seria uma pressão efetiva para que a Administração do MPU tanto negociasse efetivamente por um aumento salarial quanto se esforçasse pela implantação efetiva do planejamento estratégico para 2020...

    Cláudio

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