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sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Onde a corda arrebenta?



Foto via Google Imagens/pelajanelademinhaalma.blogspot.com

Onde a corda arrebenta?
Esta resposta é fácil pra quem conhece o ditado. Porém mais que um mero ditado popular, estamos diante de uma grande verdade, de uma realidade que pode e, muitas vezes, é cruel. Você leitor deve estar se perguntando porque este escrevente, depois de quase uma semana sumido deste espaço, retorna justamente falando de algo que é tão sabido.
E minha resposta vem com uma dose de tristeza, não pelo ditado em si, mas por uma infeliz constatação dele vivida esta semana. Infelizmente, não me refiro a qualquer experiência particular, pessoal, ou um pequeno percalço individual; refiro-me a uma infelicidade coletiva, embora, provavelmente, pouco ou nada percebida pela maioria de nosso povo.
Não é novidade pra ninguém que fui eleitor entusiasta da presidente Dilma e hoje sou um grande otimista em relação ao seu ainda iniciante governo. Porém, ontem, uma notícia alardeada e, inclusive, comemorada por grande parte dos veículos de comunicação do país, lembrou-me, mais uma vez, o quanto é importante, independentemente de quem esteja no governo, que a sociedade, as categorias de trabalhadores, estejam organizadas e disposta a lutar.
Digo isto porque o tal corte de 50 bilhões de reais no orçamento da União, realizado como medida de prevenção macro econômica para, tentar, conter os riscos da famigerada inflação, ainda que possível e amplamente justificável, fez-me perceber que, neste país especialmente, falar em economia de gastos públicos significa atacar com veemência o serviço público, mais especificamente seus servidores.
É uma pena que os economistas de plantão, a qualquer época, não consigam enxergar caminho possível para conter o gasto público que não passe, necessariamente por um ataque aos servidores. Às vezes tenho a impressão que, de tais especialistas, nenhum é servidor público ou mesmo necessita ter acesso aos serviços públicos. Vive num limbo!
Alguém certa vez me disse que deve ser inveja: já que não são servidores, “paulada nos infelizes que se dão ao trabalho de passar em concurso público!”.
Porém, seja qual for a origem desse inegável sentimento contra aqueles que mantêm, verdadeira e continuamente, a máquina estatal em funcionamento, é algo desprovido de inteligência, digo mais, não leva em conta o interesse maior do país, das pessoas que mais necessitam. Afinal, quem é que precisa do serviço público? A quem interessa que os servidores tenham condições dignas de trabalho e remuneração justa? É o “especialista” endinheirado ou a dona Maria que precisa se consultar no posto de saúde e o José que só pode mandar os filhos pra escola se ela for pública?
Quem tem interesse que o Ministério Público, a polícia e o Judiciário atuem bem? O sabichão que tem um monte de processos e está metido em vários “negócios” aos quais o funcionamento desses órgãos pode atrapalhar ou a população mais pobre que tem, por exemplo, muitas vezes, como único defensor de sua cidadania o Ministério Público?
Deixar de zelar pela excelência na prestação do serviço público, proibindo recomposição de salários defasados e contratação (por concurso público) de mais servidores para atender a sempre crescente demanda, nunca foi e nunca será a maneira correta de estabilizar as contas públicas, pois, em nome de uma falsa economia, o Estado deixa de cumprir com seu dever de eficiência na prestação de serviços. Porque em vez de medidas simplórias e ineficientes como estas não se combate a imensa leva de paraquedistas (não concursados) que invadem o serviço público? Porque não se revê a política cega de pagamento de juros de uma suposta e interminável dívida pública?
Eu respondo com grande tristeza: Porque infelizmente, neste país, a corda continua arrebentando do lado mais fraco, (ou que comporta-se como mais fraco): o povo!
Até quando?

5 comentários:

  1. Bem não sei como dizer ao certo, mas arrebenta do lado mais fraco, pq é lado que sabe menos, tem menos informação.
    Não sou um Expert nesse assunto, mas não quer dizer q não posso opinar, mas ja quer cortar gastos, deveria cortar um pouco mais esse salarios dos governantes, e se for aumentar, q aumente para todo de forma geral. pq alguns serviços publicos não podem deixar de gastar, se vc não tem saude vc não pode trabalhar e nem estudaar..
    Estive em uma palestra onde vi que no Brasil, temos uns dos mais caros sistema de emergência do mundo. E teve perguntas do qual ninguém nunca se pergunta o por que é dessa forma.. como pq no estado do piaui tem menos bombeiros do q no destrito federal?
    Espero que tenha entendido um pouco do quero dizer..
    ASS: Epitácio

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  2. A corda arrebenta sempre do lado mais fraco deste o primórdio, isso nunca mudou. E as mudanças ocorridas no decorrer dos séculos foram poucas, ou mínimas principalmente em relação a governantes e governados.
    O governo sempre acha uma maneira de extrair do povo, porque é um povo que anda sempre às cegas, seja: por falta de informação, o governo só informa parcialmente as suas ações estão sempre em “discussões” para definir que no final o povo é a solução. Mais impostos, mais concursos, tudo aumenta e o salário mínimo uma miséria, inúmeras são as justificativas para o não aumento do salário mínimo.
    E o salário absurdo de Deputados, Senadores, governadores... Além de aposentadorias exorbitantes e o povo é quem paga. É irônico!
    O corte deveria começar por aí e não pelo o povo!
    Para Aristóteles, é a ética que conduz à política. Segundo o filósofo, governar é permitir aos cidadãos viver a vida plena e feliz eticamente alcançada. O Estado, portanto, deve tornar possível o desenvolvimento e a felicidade do indivíduo. Por fim, o indivíduo só pode ser feliz em sociedade, pois o homem é, mais do que um ser social, um animal político - ou seja, que precisa estabelecer relações com outros homens.
    Eu pergunto no Brasil existe ética na política?
    Politicamente falando NÃO!
    O povo é sempre massacrado.

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  3. A culpa é do Lula. Quando se gasta mais do que se arrecada, dá nisso. Coisa mais que natural. O que vimos nos últimos anos foi uma facada desbragada no erário público, pois o nosso ex-presidente queria porque queria eleger a sua "criatura". Chegou a conta, quem vai pagar? O povo. E parte da imprensa, manipulada, aplaude dizendo que isso significa austeridade... rsrsrsrs

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  4. Votou na Dilma? Bem feito, agora ela faz tudo do que acusava o adversário...

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