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Adoro esportes, sempre pratiquei
muitos, mas desde a infância, minha paixão sempre foi o basquete, a
complexidade dos movimentos, aparentemente simples, o permanente uso da
estratégia e a inteligência, inclusive emocional, como elemento indispensável
para alcançar a vitória.
Mas porque to falando em basquete
quando você que me lê agora, certamente, inclusive pelo título do texto, está
querendo saber é sobre a recomposição salarial dos servidores do MPU? É porque
algumas lições que aprendi em quadra servem-nos muito bem neste momento.
Uma expressão que mais parecia um
mantra, repetido por todos os técnicos/treinadores com quem joguei, era o
seguinte: “Não existe cesta de 30 pontos!” Repetiam isto todas as vezes que
estávamos atrás no placar, especialmente quando a desvantagem era razoável.
Diziam isto para que percebêssemos que nossa vitória não dependia de um único
lance e sim de um conjunto de movimentos, uma série de lances, tanto na defesa,
impedindo que o adversário continuasse a marcar, quanto no ataque onde tínhamos
que marcar o máximo possível, tirando a diferença.
Vejo-nos, atualmente, em situação
similar. Estamos em grande desvantagem, o Governo nos mantém há mais de seis
anos sem recomposição salarial, nossa vontade é que tudo se resolva em um único
lance (a tal sexta de 30 pontos), mas isto não é possível, não ocorrerá. É
fundamental termos, neste instante, consciência que é preciso uma série de
movimentos orquestrados a partir de uma estratégia eficiente e eficaz. Porém,
de nada adianta a estratégia se não acreditamos que é possível virar o jogo, se
não executarmos bem cada lance.
Na defesa precisamos rebater os
argumentos falaciosos da Presidente e seus emissários, no Governo, no Congresso
Nacional e nos veículos de comunicação. Devemos disputar mentes e corações dos
verdadeiros formadores de opinião, especialmente dentro do Congresso Nacional
por onde, necessariamente, definir-se-á a aprovação do PL 2199/2011. Impedindo
que o Governo avance nessa política nefasta que nos atinge, teremos condições
de, no ataque, tirar a diferença. Várias cestas precisam ser obtidas para virar o jogo.
A primeira delas é conseguir que o
Relator na CFT, Dep. Aelton Freitas, apresente incontinente seu relatório à
comissão, afinal, se antes argumentava que só o faria com uma opção oficial do
PGR por um dos dois PLs, agora com a decisão CSMPF, não tem mais desculpa!
Outra jogada fundamental é o convencimento de todos os membros da CFT, pela
aprovação do PL 2199/11 o mais breve possível. Devemos também, com a proposta
orçamentária do MPU em mãos, avançarmos sobre o Ministério do Planejamento para
exigir a inclusão da previsão orçamentária na proposta consolidada.
Nos momentos decisivos das partidas,
especialmente quando precisamos tirar diferença, a marcação “homem a homem’,
marcação pressão quadra toda, é geralmente a mais indicada. Embora exija de
toda a equipe um esforço bastante grande é possível ser realizada durante um
período determinado de tempo. Mas só funciona se a equipe toda se aplicar. Bem,
no nosso caso, nossa marcação pressão deve começar na saída da bola, nos
Estados e com todos os parlamentares, é preciso que o Congresso Nacional acuse
a pressão, reconheça-nos como uma categoria importante, mobilizada e que não os
deixará em paz até alcançar nosso objetivo que é a aprovação do PL 2199/11.
Todos os jogadores (parlamentares, membros do governo e até candidatos
influentes) devem ser procurados, devem sentir nossa pressão, especialmente os
“craques”, aqueles agentes políticos (parlamentares ou não) que tem mais voz no
governo e no Congresso Nacional, esses não podem ter tranqüilidade para jogar,
salvo se claramente estiverem no nosso time.
A hora de vencer é agora, não existe
cesta de 30 pontos, nem vitória sem luta. Não lutar é aceitar desde já a
derrota, ir à luta é ter a esperança de construirmos, juntos, a vitória.