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domingo, 15 de janeiro de 2012

Feridas lambidas, sigamos na luta!


Imagem via Google/Imagens

Nossos desafios para 2012 não são pequenos. Começamos o ano lambendo as feridas, buscando amparar guerreiros e guerreiras feridos nas batalhas de 2011, especialmente os provocados por aquela que é uma das mais impiedosas e, pela forma como é usada, cruel arma da Administração: O Grifo. Este que é usado volta e meia como instrumento de pressão sobre os servidores, em tempos de greve e mobilização transveste-se em poderoso armamento, capaz de produzir danos morais e financeiros nos servidores e maiores ainda no ânimo do movimento.
Ao utilizar insanamente o Grifo, que sequer adequasse à portaria regulamentadora, a Administração busca “dar uma lição” nos servidores que “ousaram” lutar por seus direitos, na tentativa de enfraquecer a luta sindical e transformar os servidores em meros obedecedores conformados e desvalorizados.
Nosso sindicato está atento e responderá à altura, já está buscando todos os meios de neutralizar mais este ataque. Não tenho dúvida.
Mas há muito mais a ser feito. Ninguém deve iludir-se quanto à situação, quase sem remédio para 2012, do reajuste de nossa categoria. O Governo Federal botou o Congresso e o PGR debaixo de julgo, fez o que quis e sequer janela orçamentária foi assegurada. É certo que, na opinião de alguns consultores, ainda existem remotas possibilidades de reajuste em 2012, cabe a nós ir em busca de qualquer hipótese, inclusive o suposto acordo ofertado ao Deputado Paulinho Pereira quando de seu convencimento para retirar o requerimento que impedia a votação do Orçamento/2012.
O tema do reajuste geral dos servidores também não pode ser esquecido, tanto a partir da pressão para julgamento das ações já existentes quanto pela apresentação de novas teses ao Judiciário.
Mas não devemos nos prender só nisto, temos que ampliar a pressão sobre a Administração do MPU e o Governo para afastar qualquer possibilidade do reajuste não acontecer em 2013. A aprovação do PL nº 2199/2011 na CTASP nos dá condições de avançar na luta pela aprovação do subsídio para nossa categoria. Não podemos deixar que a vontade já expressa pela ampla maioria da categoria seja desvirtuada por interesses de pequenos grupos políticos que insistem em querer vender a idéia da falta de unidade, em nome da manutenção de alguns privilégios. Acredito na importância de construirmos uma demonstração de força interna, que evidencie a verdadeira vontade da categoria a ser apresentada definitivamente ao Governo e ao Congresso Nacional.
Devemos estar em sintonia com a luta do conjunto dos servidores públicos brasileiros, contribuindo na construção da pressão sindical em razão da massacrante política administrativa implantada. Mas não podermos perder de vista nossas especificidades. Temos que continuar o bom trabalho realizado em 2011, fincando no cenário político nacional a identidade própria do MPU, nossas característica favoráveis como baixo impacto orçamentário e a opção pelo subsídio, por exemplo.
Porém, é preciso mais. Temos que cobrar da Administração do MPU ações concretas e eficazes na melhora do meio ambiente de trabalho. Se a valorização dos servidores por meio de uma remuneração mais justa é questão difícil para 2012, é dever da Administração encontrar mecanismos que amenizem a insatisfação e desmotivação dos servidores. O combate sério ao assédio moral e a redução da jornada de trabalho estão entre as principais reivindicações da categoria que estão ao alcance da Administração.
Enfim, é certo que a frustração orçamentária nos abalou a todos. Porém, lambidas as feridas, estamos em um novo ano e não podemos entregar as armas, desistir de lutar. É isto que desejam nossos algozes. Façamos das lições de 2011 o combustível para seguir em frente e lutando. Mais um ano sem reajuste é duríssimo, mas se isso prolongar para além de 2013 será ainda pior. Para que isto não aconteça, não podemos sair do fronte de batalha.
Que 2012 seja um ano de Vitória para os servidores públicos brasileiros!

6 comentários:

  1. Pois é, Anderson, 2012 se apresenta como um ano muito difícil para os servidores do MPU. Não só por não termos obtido reajuste para 2012, mas também pela incerteza do que nos aguarda em 2013.
    Se em 2012 os dois grandes personagens desse drama - PGR e Executivo - atuarem como em 2011, teremos problemas.
    Tenho pensado numa estratégia, mas não sei mensurar seus riscos. Agora que os PL's 6697/2009 e 2199/2011 encontram-se na mesma comissão, poderia ser articulada com o presidente da CFT ou com o relator dos projetos uma consulta formal ao MPU para que ele finalmente se pronuncie: afinal de contas, que plano de cargos e salários a Administração do MPU quer para seus servidores? Pois, nesse momento o Legislativo tem duas propostas conflitantes sobre o mesmo tema e, com certeza, não cabe a este poder decidir qual dos projetos mostra-se o mais adequado para nossas carreiras.

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    1. Grande Tiago,
      Nosso desavio não está na posição da Administração. Temos garantias que a atuação dela no Congresso é no sentido de aprovar o 2199 e arquivar o 6697, por isto inclusive a escolhe do Aelton como relator. Por isto, por agora, acredito desnecessária uma consulta formal, mas por outro lado, penso que precisamos de uma resposta colética para reafirmar, especialmente para o governo e o Congresso a posição de nossa categoria. Estamos conversando e esta semana sai uma proposta interessante. Abraço.

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  2. Eu, assim como muitos dos meus colegas do MPU, que lutaram pela aprovação do PL 2199, fizeram greve e tudo mais, ficamos arrasados com o desfecho da nossa batalha. O pensamento que tomou conta de nós era o mesmo: fazer outro concurso e sair do MPU. Queríamos buscar uma carreira no serviço público que estivesse mais valorizada, cuja administração não atropelasse o nosso direito de lutar na tentativa de nos manter submissos à sua vontade, quando na verdade sabíamos que a nossa valorização significava o fortalecimento do próprio órgão. Mas e agora? Todos nós vamos pensar da mesma forma? Vamos "esvaziar" o MPU? O que vai ser do nosso "defensor dos direitos sociais e individuais indisponíveis" se perderem tantos excelentes servidores de uma vez?
    Talvez alguns conseguirão realmente conquistar um vaga em outra carreira com uma melhor remuneração, mas que isso seja algo que já fazia parte do seus planos de crescimento profissional e não uma atitude de revolta pelo que aconteceu em 2011. Porque para a revolta, caros colegas, a melhor resposta não é fugir e deixar a frustração para trás, e sim lutar para mudar a realidade. Tenho certeza que se continuarmos unidos para vencer os desafios deste ano, do mesmo jeito que estávamos durante a luta pela aprovação do PL, teremos outras grandes vitórias como a que tivemos na aprovação do PL 2199 na CTASP (acreditem, isso não estava nos planos da Dilma, foi uma conquista nossa). Essa persistência, insistência, "birra" nossa, será uma bela surpresa para administração, para o Congresso, para o Governo e para aqueles servidores do MPU (aqueles que lutaram contra o nosso PL 2199), que achavam que já estavam livres de nós!!
    Perdemos a batalha, mas não perdemos a guerra! E que venha 2012...

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  3. o PT quer enfraquecer MPU e PJU para que possam continuar tranquilos com a roubalheira nos cofres publicos; 2012 nao cederao a nossa causa; PGR eh comprado pois esta do lado do PT (alias foi indicado pelo PT); temos q lutar multiplas vezes mais forte que em 2011 se nao nada teremos nme mesmo paleativos tais como o citado no texto, como reducao de horas; fim do assedio moral; vantagens do Plan-Assiste etc

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  4. Olha, não quero desanimá-los, mas o futuro é bem negro para o funcionalismo...muito pior do que vcs pensam

    a crise será longa...

    Pior para aqueles que "escolheram ficar" sem aumento em 2009 e 2010....

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  5. O cenário é desanimador.
    Quando mesmo os otimistas, como o Anderson, dizem que a perspectiva não é favorável é porque o negócio tá muito ruim.
    Entendo que não podemos desistir, mas parece-me que esta luta só terá resultado em 2013.

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