Imagem via google/Imagens
Semana
passada retomei minhas atividades no MPU. Em razão da ocorrência, naquela mesma
semana, da AGO do SINASMEPU, somente agora estou, aos poucos, efetivamente
retomando minhas ações na direção do sindicato. Ainda sequer consegui conversar
com os colegas diretores.
De
qualquer forma, fui aos poucos lendo os milhares de e-mails de minha caixa postal
bem como ouvindo colegas de Unidade a respeito de vários temas, especialmente
daquele que me parece a grande discussão na categoria neste momento: o PL 4362/12.
Ouvi e li colegas
muito chateados com a posição do Sindicato pela rejeição do referido Projeto de
Lei – ressalte-se que uma posição obtida até então em assembleias por local de
trabalho e por isto institucional, que tem por fundo a inarredável defesa da
autonomia orçamentária do MPU. Da mesma forma li e ouvi muitos apoiando essa
posição.
Hoje após o anuncio
da deliberação da assembleia geral segundo a qual deve o sindicato requerer ao
PGR a retirada do referido Projeto de Lei 4362/12, minha caixa postal e
telefone não pararam mais. Foram colegas já anunciando campanhas de desfiliação
e outros defendendo a inquestionabilidade das decisões das assembleias gerais.
Peço licença pra
posicionar-me de uma forma diferente.
Desconsiderando os
interesses, e disputas, políticos sindicais ou não, que cercam o tema, penso
que o mais sensato é ouvirmos a voz da categoria, a voz verdadeira, de todos,
inclusive daqueles que pouco ou nunca se manifestam ou comparecem a assembleias,
ainda que locais. De um certo ângulo, este momento lembra-me o início das
discussão a favor ou contra subsídio. De um lado os que se posicionavam contra
alegavam a existência de uma deliberação anterior da categoria contra a
apresentação de proposta nesse sentido, de outros os favoráveis que alegavam
ser maioria no seio da categoria.
Qual a solução
encontrada pelo sindicato naquele momento que, inclusive, significou o
fortalecimento do SINASEMPU enquanto entidade sindical? A então DENIN promoveu
ampla consulta à categoria e adotou a posição que emergiu dessas consultas.
Porque não fazer da
mesma forma agora?
Saliento que sou um
defensor das instâncias sindicais e como sindicalizado e, especialmente como
dirigente, sinto-me chamado ao respeito às deliberações tomadas. Porém,
parece-me claro que a única forma de buscarmos maior unidade na categoria é
praticando o desapego à formalidade. Não quero nem de longe atacar qualquer
decisão das assembleias da categoria, mas numa questão que se tem demonstrado
tão crucial, a qual, em certa medida, pode por em risco, inclusive, a legitimidade
do Sinasempu com instrumento de luta do conjunto dos servidores do MPU,
gostaria de chamar a todos, inclusive aos colegas da direção, para uma reflexão: Não
seria bem melhor pra nossa luta, pra nossa categoria, promover, antes de adotar
qualquer medida que possa produzir efeitos definitivos, uma ampla consulta, via
internet, a todos os servidores do MPU?
Para preservar e
fortalecer nossas instâncias sindicais, após a consulta, caso o resultado seja
diferente das deliberações até agora tomadas, far-se-iam novas assembleias nas
unidades para ratificar, já havendo amplo conhecimento do desejo da maioria, a
posição.
Proponho que a
discussão dê-se em torno de duas propostas:
1.
Requerer ao PGR a retirada
do PL 4362/12;
2.
Adotar o PL 4362/12
como alternativa, em caso de não celebração de acordo para aprovação do PL
2199/11, para 2013, sem retirada de qualquer deles uma vez que um não
prejudicaria, em tese, o outro.
Para
possibilitar ampla defesa das propostas o Sinasempu abriria espaço no site para
a publicação de informações e ou reflexões sobre o tema.
Tudo
isto no mais breve espaço de tempo possível.
Colegas,
sempre defendi e continuo defendendo que a voz de toda a categoria seja a mola
propulsora de toda e qualquer ação do sindicato.
Fica
a proposta.
E
sigamos na luta!
Anderson
Machado